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Calor, chuvas e o aumento dos mosquitos: como trabalhar o combate à dengue na Educação Básica

Com a chegada do período mais quente do ano, especialmente a partir de outubro, as chuvas típicas da estação criam o ambiente ideal para a proliferação de mosquitos e larvas — entre eles, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além de ser uma preocupação para a saúde pública, esse cenário traz uma oportunidade importante para o trabalho pedagógico nas escolas.

Por Prof. João Carvalho

11/22/20252 min read

Calor, chuvas e o aumento dos mosquitos: como trabalhar o combate à dengue na Educação Básica

Com a chegada do período mais quente do ano, especialmente a partir de outubro, as chuvas típicas da estação criam o ambiente ideal para a proliferação de mosquitos e larvas — entre eles, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além de ser uma preocupação para a saúde pública, esse cenário traz uma oportunidade importante para o trabalho pedagógico nas escolas.

A educação é uma das ferramentas mais poderosas para prevenir doenças vetoriais, e o educador tem um papel central na formação de alunos conscientes e capazes de agir dentro de suas comunidades.

Por que o risco aumenta neste período?

O Aedes aegypti se reproduz em água parada. Com a combinação de calor intenso e chuvas frequentes, formam-se diversos criadouros em ambientes urbanos e residenciais — tampinhas, vasos, caixas d’água destampadas, ralos, calhas, baldes, entre outros.

Esse cenário favorece:

  • A multiplicação acelerada de mosquitos;

  • O aumento dos casos de dengue e outras arboviroses;

  • A necessidade urgente de mobilização social e escolar.

A escola como espaço de prevenção e conscientização

A Educação Básica desempenha um papel fundamental na disseminação de informações confiáveis e transformadoras. Quando os alunos aprendem sobre o ciclo do mosquito, os riscos da dengue e as estratégias de prevenção, tornam-se agentes multiplicadores dentro de suas famílias e bairros.

O que o professor pode trabalhar em sala de aula?

1. Ciência na prática

  • Estudo do ciclo de vida do Aedes aegypti

  • Identificação de possíveis criadouros no entorno da escola

  • Observação e registro climático (chuvas, temperatura, umidade)

2. Projetos interdisciplinares

  • Matemática: gráficos de casos de dengue na cidade ou estado

  • Geografia: análise de regiões mais afetadas e fatores ambientais

  • Português: produção de textos informativos, campanhas, slogans e cartazes

  • Artes: criação de materiais visuais de conscientização

3. Ações coletivas na escola

  • Mutirão para eliminar água parada no pátio e áreas externas

  • Criação do “Dia da Inspeção Antidengue”

  • Roda de conversa com agente de saúde do bairro

4. Tecnologia e mídia

  • Produção de vídeos curtos explicando como combater criadouros

  • Pesquisa sobre casos de dengue usando fontes oficiais

  • Elaboração de campanhas digitais da escola

A importância de formar alunos protagonistas

Ensinar sobre dengue durante o período de calor e chuvas vai além de cumprir os objetivos pedagógicos. Trata-se de proteger vidas. Quando o estudante entende o impacto de pequenas ações — tampar recipientes, limpar quintais, verificar calhas — ele passa a enxergar sua responsabilidade social e ambiental.

A escola, ao integrar esse tema ao currículo, contribui para uma cultura de prevenção que se estende para toda a comunidade.

Conclusão

O aumento dos mosquitos no período quente é um desafio anual, mas também uma oportunidade para fortalecer a educação em saúde. A CQL Educação reconhece a importância de apoiar professores com conteúdos e práticas pedagógicas que promovam conhecimento, autonomia e responsabilidade.

Ao trabalhar o combate à dengue na Educação Básica, o educador ajuda a construir uma geração mais consciente, informada e ativa na defesa da vida e do ambiente.